Lisboa, 18 de Agosto de 2016
PRINCIPAIS DESTAQUES
- A recuperação económica iniciada em meados de 2013 tem apresentado um ritmo moderado e, em 2016, as estimativas apontam para que o crescimento do PIB desacelere para 1,3% (face a 1,5% em 2015), situação que, aliada ao elevado nível de endividamento dos agentes económicos públicos e privados e à necessidade de ajustamento dos seus balanços, se reflecte numa continuada retracção da procura de crédito com reflexo no sistema bancário como um todo.
- Neste contexto, no primeiro semestre de 2016, o Grupo Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido consolidado de 2,4 milhões de euros para o qual o negócio bancário (SICAM) contribuiu com 22,9 milhões de euros (+15% face ao período homólogo).
- Em 30 de Junho de 2016, a carteira de crédito (bruto) a clientes do Grupo Crédito Agrícola ascendeu a 8,530 mil milhões de euros, uma variação positiva de 3,9% nos últimos 12 meses que contrasta com a variação negativa de 4,3% registada pelo conjunto das instituições financeiras em Portugal para o mesmo período.
- Com referência a 30 de Junho de 2016 e de acordo com as regras CRD IV/CRR phased-in a que se encontra sujeito, o Grupo Crédito Agrícola apresenta um confortável nível de solvabilidade consubstanciado pelo rácio common equity tier 1 (CET1) de 12,8%, valor francamente superior aos níveis mínimos recomendados.
DESEMPENHO DO GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA NO 1º SEMESTRE DE 2016
- No primeiro semestre de 2016, o Grupo Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido consolidado de 2,4 milhões de euros para o qual o negócio bancário (SICAM) contribuiu com 22,9 milhões de euros (+15% face ao período homólogo).
- Em 30 de Junho de 2016, a carteira de crédito (bruto) a clientes do Grupo Crédito Agrícola ascendeu a 8,530 mil milhões de euros, uma variação positiva de 3,9% nos últimos 12 meses que contrasta com a variação negativa de 4,3% registada pelo conjunto das instituições financeiras em Portugal para o mesmo período. Este facto terá contribuído para o reforço de quota de mercado do Grupo Crédito Agrícola num movimento que se verifica nos últimos 5 anos consecutivos.
- Em Junho de 2016, os recursos de clientes sob a forma de depósitos bancários totalizaram 11,1 mil milhões de euros, evidenciando um crescimento, em termos homólogos, de 5,2% correspondente a 545 milhões de euros. Este aumento de recursos contribuiu para a redução do rácio de transformação que, no final do período, ascendia a 69,1%, significativamente abaixo do limiar máximo de transformação recomendado (120%).
- Em termos de qualidade da carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola, o rácio de crédito vencido há mais de 90 dias em Junho de 2016 situou-se nos 7,7% e o rácio de crédito em risco (segundo instrução 24/2012 do BdP) fixou-se em 11,3%.
- O Grupo tem vindo a dar continuidade a uma gestão sã e prudente, reflectida num total de imparidades acumuladas a Junho de 2016 de 858 milhões de euros, valor que confere um folgado nível de cobertura do crédito vencido de 127,5%.
- Em termos de composição do produto bancário, a margem financeira aumentou 19,2 milhões de euros em termos homólogos (+13,0%), fruto do crescimento da carteira de crédito e do ajustamento na remuneração dos depósitos de clientes. Complementarmente, as comissões líquidas e a margem técnica do negócio segurador registaram aumentos homólogos de 0,9 milhões de euros (+2,3%) e de 2,7 milhões de euros (+69,3%), respectivamente.
- Para os níveis de rentabilidade do Grupo Crédito Agrícola a Junho de 2016 (0,4% de ROE) confere particular relevância o contributo dos resultados positivos registados pelas seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, concretamente +3,0 milhões de euros da CA Vida (seguros vida) e +2,0 milhões de euros da CA Seguros(seguros não vida).
- Nos primeiros 6 meses de 2016, os resultados registados nos veículos de desinvestimento imobiliário(nomeadamente via desvalorização de unidades de participação) penalizaram os resultados consolidados em 47,6 milhões de euros.
- Com referência a 30 de Junho de 2016 e de acordo com as regras CRD IV/CRR phased-in a que se encontra sujeito, o Grupo Crédito Agrícola apresenta um confortável nível de solvabilidade consubstanciado pelo rácio common equity tier 1 (CET1) de 12,8%, valor francamente superior aos níveis mínimos recomendados.
OUTROS ASPECTOS RELEVANTES DA ACTIVIDADE
- O Crédito Agrícola, único banco cooperativo a operar em Portugal, é um Grupo de referência no sistema bancário português , do qual fazem parte um conjunto de empresas financeiras, entre as quais as seguradoras CA Vida e CA Seguros, e que apresenta uma oferta de produtos e serviços financeiros e de protecção universal.
- Fruto da sua missão e vocação, o Crédito Agrícola apresenta actualmente a 2ª maior rede bancária em Portugal com 675 agências tendo, em termos líquidos, reduzido apenas 6 agências nos últimos 12 meses. Com o intuito de melhorar os serviços prestados, foi recentemente aberta uma nova agência na Rua Mouzinho da Silveira (cidade do Porto) e estão planeadas novas aberturas para 2016.
PRINCIPAIS INDICADORES CONSOLIDADOS DO GRUPO CRÉDITO AGRÍCOLA
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
Indicadores consolidados do Grupo CA |
Jun.2015 |
Jun.2016 |
Δ Abs. 16/15 |
Δ % 16/15 |
Balanço |
||||
Activo líquido total |
14.394 |
16.025 |
1.630 |
11,3% |
Crédito a clientes total (bruto) |
8.210 |
8.530 |
320 |
3,9% |
do qual: Crédito a empresas e administração pública (bruto) |
4.112 |
4.326 |
214 |
5,2% |
Recursos de clientes no balanço |
10.550 |
11.095 |
545 |
5,2% |
Imparidades e provisões acumuladas |
891 |
858 |
-33 |
-3,7% |
Provisões técnicas de contratos de seguros |
1.574 |
1.667 |
93 |
5,9% |
Situação líquida |
1.082 |
1.194 |
112 |
10,4% |
Recursos fora do balanço |
2.231 |
2.288 |
57 |
2,6% |
Resultados |
||||
Resultado líquido consolidado |
25,6 |
2,4 |
-23,2 |
-90,5% |
do qual: Resultado líquido do negócio bancário (SICAM) |
20,0 |
22,9 |
3,0 |
14,9% |
do qual: Empresas Seguradoras (CA Vida e Seguros) |
3,6 |
5,0 |
1,4 |
38,1% |
do qual: Veículos de Investimento imobiliário1 |
-6,8 |
-47,6 |
-40,8 |
599,4% |
do qual: Outros |
8,8 |
22,1 |
13,3 |
150,7% |
Margem financeira |
147,6 |
166,8 |
19,2 |
13,0% |
Margem técnica da actividade de seguros |
3,9 |
6,6 |
2,7 |
69,3% |
Comissões líquidas |
39,9 |
40,9 |
0,9 |
2,3% |
Produto bancário |
284,8 |
206,4 |
-78,3 |
-27,5% |
Custos de estrutura |
159,6 |
163,2 |
3,6 |
2,3% |
Imparidades e provisões do exercício |
89,6 |
25,5 |
-64,1 |
-71,5% |
Principais rácios |
||||
Rácio de transformação2 |
69,4% |
69,1% |
-0,2 p.p |
n.a. |
Rácio de crédito vencido há mais de 90 dias |
8,2% |
7,7% |
-0,5 p.p. |
n.a. |
Rácio de crédito de risco |
12,0% |
11,3% |
-0,7 p.p. |
n.a. |
Rácio de cobertura do CV |
126,2% |
127,5% |
1,3 p.p. |
n.a. |
Custos operacionais / Produto bancário |
56,1% |
79,1% |
23,0 p.p. |
n.a. |
Rentabilidade do activo (ROA) |
0,36% |
0,03% |
-0,3 p.p. |
n.a. |
Rentabilidade dos capitais próprios (ROE) |
4,7% |
0,4% |
-4,3 p.p. |
n.a. |
Rácio common equity tier I (phased-in)3 |
||||
# agências bancárias |
681 |
675 |
-6 |
-0,9% |
1 Fundos imobiliários e CA Imóveis, Unip.Lda.
2 Rácio calculado segundo a Instrução 23/2012 do BdP, determinado pelo quociente entre crédito líquido concedido a clientes e depósitos de clientes.
3 Rácio com referência a 30.Jun.2016 (não incorporado o resultado gerado no produto).