1 de Julho 2019
Portugal a cultivar Ideias Brilhantes
A ideia partiu de três amigos, José Ruivo, licenciado em gestão, Samuel Rodrigues e Pedro Monteiro, ambos com formação em arquitectura, que em 2014 partilharam o risco e a aventura de avançar para a constituição de uma empresa que materializasse um projecto inovador - e, acima de tudo, diferenciador - levando a agricultura à cidade, no formato de hortas urbanas.
A proposta da Noocity dirige-se quer ao cidadão comum, quer ao restaurante ou ao hotel, quer ainda às instituições e empresas que, cada um a seu modo, são sensíveis a questões como a sustentabilidade e os alimentos saudáveis. Cinco anos depois e no que reporta à gestão de topo, o projecto passou para a responsabilidade exclusiva de José Ruivo, um CEO que vive intensamente cada nova conquista da Noocity, seja com a adesão de novos Clientes, individuais ou corporativos, seja através da concretização de novas parcerias em mercados externos, a começar pelo mais importante nesta fase do desenvolvimento do negócio, que é o mercado francês.
"Geograficamente, as nossas soluções e equipamentos chegam hoje a todo o mundo, mas a França tem desde já um papel-chave para a implementação do nosso projecto, dada não só a sensibilidade do país para o tema da sustentabilidade ambiental e agrícola, como pela circunstância de se posicionar como interface privilegiado para o encaminhamento dos nossos produtos junto de mercados com os quais desejamos incrementar a nossa relação comercial". Considerando a tipologia de Clientes da Noocity, será interessante observar as respectivas hortas encomendadas à empresa. José Ruivo destaca que os seus Clientes particulares - que tanto podem ser individuais, como uma família - procuram essencialmente com a instalação de uma horta em casa o cultivo de vegetais para consumo próprio, principalmente as ervas aromáticas. Já os hotéis e os restaurantes dão naturalmente primazia ao acesso a alimentos saudáveis que valorizem a respectiva oferta gastronómica, enquanto as empresas de outras áreas de actividade têm outros propósitos.
"Nuns casos, estamos no âmbito do team building, em que a horta é o pretexto para juntar equipas e suscitar-lhes acções de agregação, cooperação e partilha; mas também temos empresas que têm a horta como espaço oferecido aos seus Colaboradores que, não tendo oportunidade de cultivar noutro lugar, o podem fazer no emprego para além do horário de trabalho e com a vantagem de, no final da semana, levarem legumes frescos para casa - isto é, em vez de investirem noutros equipamentos, com a mesma finalidade de proporcionar "algo mais" aos seus Colaboradores, como por exemplo um ginásio ou uma creche, empresas há que estão a optar pelo investimento na horta".
Lançado através de uma campanha de crowdfunding junto de uma plataforma americana (a Indiegogo), para captação de financiamento colectivo, o projecto Noocity atingiu uma notoriedade que hoje facilita a conquista de novos mercados. Os argumentos são muito claros: "Temos um produto altamente eficiente pelo sistema de sub-irrigação integrado (a uma altura de 28 cm do solo) com autonomia de rega até três semanas, o que permite às plantas o acesso constante à água e a gestão do consumo em capilaridade". Quanto às características do solo, a Noocity vai afinando constantemente a respectiva qualidade, razão pela qual está a trabalhar com uma empresa portuguesa fornecedora de substratos e com um parceiro francês, líder de mercado, para melhorar igualmente os níveis de fertilização. Tudo em nome de uma horta cada vez mais saudável e produtiva.
Entretanto, a empresa vai reforçando a constituição da equipa em Portugal, particularmente na área do marketing digital e com o recrutamento, também extensível a França, de agricultores que actuam como instaladores actualizados e assegurando o apoio pós-venda, na manutenção das hortas. E assim se cultiva uma ideia brilhante, mais uma, made in Portugal!