1 de Julho 2020
Vitória do Produto Português
Deixemos a mente viajar até ao Alentejo, mais concretamente até Alcáçovas. É aqui que se encontra a Casa Maria Vitória*, negócio de família que já vai na terceira geração e que se dedica, apaixonadamente, a criar deliciosas iguarias. Neste lugar mágico, produz-se diariamente doces e salgados praticamente sem recurso a máquinas, uma vez que o segredo, no sentido mais genuíno das palavras, está em “pôr as mãos na massa” – e para isso, os donos da Casa contam o saber dos seus 68 Colaboradores, que garantem o rigor e a qualidade na execução. São receitas artesanais com sabores intemporais. Dos doces aos salgados, a Casa Maria Vitória promete uma experiência sempre especial, que apetece repetir... Já assim era em 1954, quando tudo começou; e assim continua, três gerações depois.
Foi na década de 50 que José dos Santos, avô dos actuais proprietários e moleiro de profissão, enveredou pela área da panificação. Com o passar do tempo, ao fabrico do pão juntaram-se os bolos. Estes eram inicialmente feitos da massa de pão sobrante da padaria, arte que foi sendo aperfeiçoada e ganhando relevo com o desenvolvimento apurado e criativo do receituário tradicional. Aliada à qualidade dos ingredientes e ao sabor que só as décadas de experiência apuram, a receita artesanal eleva os doces e bolos da Casa Maria Vitória a um outro nível.
Na pastelaria do dia, os nossos olhos deambulam numa valsa por entre natas, almofadas, tranças e a mais solicitada – verdadeira ‘jóia da coroa’ – a queijada de requeijão. Destaque para os doces mais tradicionais como o Conde d´Alcáçovas, o Bolo Real, as Cavacas, o Fidalgo ou a Encharcada, alguns dos ex-libris da doçaria conventual alentejana. “São tudo produtos feitos à base de muitos ovos, gila e amêndoas; fortes, mas … divinais”, revelações de Maria Manuel Xavier, uma das proprietárias e representante da terceira geração. Os salgados da Casa Maria Vitória têm como ‘ingredientes’ relevantes a tradição, a experiência, a qualidade e a originalidade. A pastelaria “O Astro”, na Avenida Guerra Junqueiro, em Lisboa, foi o seu primeiro Cliente – e que excelente referência. A oferta dos dias que correm é, também nesta vertente, plural e tentadora. A começar pelas deliciosas empadas de galinha (a estrela maior na constelação dos salgados), de muito perto disputadas pelas empadas de pato, porco, leitão, javali, perdiz, camarão, atum e espinafres – fica a nota de que, só em empadas, daqui saem diariamente 16 mil unidades…
Por seu lado, as quiches, os rissóis de camarão ou de pescada, e ainda os pastéis de bacalhau fazem igualmente – e muito bem! – as honras da Casa. Entretanto, os negócios expandiram-se. E em 2011, nasceu a Colmeia dos Paladares, também dedicada ao fabrico de bolos e de pão. Actualmente, a Casa Maria Vitória leva os seus produtos a todo o País. O crescimento e o investimento têm sido uma constante, num caminho em que “a parceria com o Crédito Agrícola deve ser assinalada como saborosa e frutuosa”, destaca, sorrindo, Maria Manuel Xavier. Desde 2013 que a empresa é distinguida com os prémios PME Líder e PME Excelência, atribuídos pelo IAPMEI. A cereja no topo de um bolo com história para contar e saborear. Uma história vitoriosa, fruto de arte, talento e muito trabalho.
*Cliente do Crédito Agrícola Guadiana Interior